sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

OS CAROLÍNGIOS

O reinado dos carolíngios começa tradicionalmente com a deposição do último rei merovíngio, com consentimento papal, e ascensão em 751 de Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno. Pepino sucedeu seu próprio pai, Carlos Martel, como mordomo do palácio do reino franco reunido e re-erigido composto de partes anteriormente independentes.
O império carolíngio não tinha sede fixa. Ela era onde o rei e sua corte se encontravam. Embora a cidade onde o rei passava mais tempo era Aquisgrã,no palácio das fontes de águas quentes.
Em 768, Carlos Magno, assumiu o trono e governou até 814. realizou muitas conquistas, expandindo as fronteiras do império. Com isso Carlos garantiu a dependência entre poder central e nobreza. Porque parte das terras conquistadas eram doadas à aristocracia que por sua vez tinha um compromisso de lealdade para o rei-susserano.
As vitórias de Carlos Magno expandiram não só seu território mas também a fé católica sobre as outras religiões.
Suas maiores conquistas foram:
• 773 - Derrotou os Lombardos anexando em seu território o norte da Itália.
• 778 – Estabeleceu uma posse franca na Espanha.
• 804 – Submeteu os saxões que haviam no norte do seu reinado.
O êxito de suas conquistas teve o apoio da igreja. Em 800, Carlos Magno recebeu do Papa Leão III a bandeira de Santo Sepulcro, sendo aclamado ‘’ imperador dos romanos’’. Seu reino foi o mais extenso da Europa Ocidental.
A propriedade da terra era a fonte de riqueza e de prestígio.
Para administrar um império tão grande , Carlos Magno estabeleceu muitas normas escritas, as chamadas capitulares, que funcionavam como leis.
Entre os administradores estavam:
• Condes: responsáveis pelo cumprimento das capitulares e pela cobrança de impostos dos condados,ou seja, territórios do interior;
• Marqueses: cuidavam dos territórios situados na fronteira do império, ou seja, das marcas.
• Missi-dominici: inspetores do rei, que viajavam por todo o reino para fiscalizar a atividade dos administradores locais.
Carlos Magno preocupou-se em promover o desenvolvimento cultural de seu reino. Então ele, apoiado por intelectuais, abriu escolas e mosteiros, apoiou a tradução e a cópia de manuscritos antigos e protegeu artistas.
Seu governo foi marcado por atividade intelectual nas áreas das letras, artes e educação. Isso foi chamado de Renascença Carolíngia, que contribuiu para a preservação e transmissão da cultura da antiguidade clássica.
Após a morte de Carlos Magno, em 814, o governo passou para seu filho Luis,O piedoso,que permaneceu no poder até 841. Isso mostra que o grande reino de Carlos Magno não durou muito. Porque já com os seus netos começaram as disputas.
Seus netos eram: Lotário, Carlos o calvo e Luis o Germânico. Depois que esgotaram o império os irmãos assinaram o Tratado de Verdum(843).
Esse tratado dividia o reino em três partes.
A Luis coube a França Oriental( atual Alemanha);Carlos herdou a França Ocidental( atual França); Lotário ficou com o território do centro da atual Itália até o Mar do Norte, que se chamou Lotaríngia.
Essa divisão do poder real e do território foi acompanhada de uma crescente autonomia e independência dos Condes.
A parte que ficou com Luis deu origem a um novo império, o Germânico. Até o século X, os grandes senhores feudais daquela região eram fiéis aos descendentes de Carlos Magno. Após o fim da dinastia Carolíngia, a Germânia passou a ser controlada por cinco famílias , onde o poder das terras ficaram divididas em cinco ducados:
Saxônia, Lorena, Francônia, Baviera e Suábia.
Entre estes reis não havia sucessão dinástica.
Os reis germânicos continuaram na tradição Carolíngia e aliaram-se ao Papa, levando o nome do império para Sacro Império Romano- Germânico.
Este império durou até o início do século XIX, quando foi destruído pelas guerras napoleônicas.
E assim mais um império desaparece, deixando para as gerações seguintes sua cultura e personagens importantes para serem estudados e assim lembrados mais uma vez.

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